quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Medidas implementadas para contornar o Caos

Os gémeos, neste momento, estão com 4 meses e meio e isto está, cada vez mais, exigente.

No início, eles comem e dormem, pelo que há que assegurar, acima de tudo, as questões práticas. Também houve muito mimo, mas passava pelo colo, que era mais quando nós queríamos porque eles adormeciam ainda ao peito/biberão.

Depois, começaram a pedir mais atenção, a exigir colo de uma determinada maneira (virados para a frente), e vieram as (malditas!) cólicas.

Agora, querem atenção constante, colo de uma determinada maneira e ser entretidos (parque de actividades e brinquedos vários). Também começaram as papas, pelo que a hora de ponta cá em casa ficou ainda mais complicada.

Para facilitar a logística, implementei algumas medidas: o banho é (obrigatoriamente) dado pela manhã, exactamente para evitar a hora de ponta (a partir do momento que a Francisca chega a casa), as refeições são planeadas semanalmente, com as compras asseguradas antes do início da mesma (esta semana pelo pai, já que a mãe está com os dois doentes em casa - a loucura!!).

A ementa desta semana (nota: não há planeamento de almoços porque, ao jantar, faz-se a mais para o dia seguinte - a mãe não se importa de comer restos):


Ah!! E... relaxar, perder (definitivamente!) ideais de perfeição, e manter o sentido de humor (esta é mesmo a mais importante!!) porque isto não é nada fácil! 

Se tiverem mais dicas para partilhar, a gerência agradece ;).


Se não me voltarem a ver por aqui é porque a loucura, que já vai espreitando e ameaçando, instalou-se...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Dia de Ontem

Ontem, foi um dia cheio de coisas boas...

Fomos ao pediatra com os gémeos. Confirmámos que estão grandes, gordos, cabeçudos e a desenvolver-se muito bem (tudo dentro dos parâmetros). O Pedro está com 7.840 kg (percentil 90 de peso) e 64.5 cm (percentil 75 de altura). O António está com 7.510 kg (entre o percentil 75 e 90) e 64 cm (entre o percentil 50 e 75). Também descansámos a cabeça em relação à Francisca. O nosso pediatra também é da opinião, ou melhor, convicção que o alergénio foi o leite com chocolate de pacote.

À tarde, fomos buscar a Francisca, que está a adaptar-se muito bem à escola nova (alguma resistência matinal para ir para "a escola dos crescidos", facilmente ultrapassada, e necessidade extra de mimo, mas nada de especial digno de preocupação ou registo). Depois, fui com ela para a Disney Store, e dei-lhe liberdade para escolher um presente (precisávamos deste tempo a duas - na verdade, três, porque a avó Hélia foi lá ter - e ela merecia este mimo).

Voltámos para casa, jantámos em família (birra de sono dos dois e um banho ao Pedro, que fez um cocó daqueles, à mistura).




Recebi, pela manhã, uma encomenda muito especial. Mas, esperei a casa estar a dormir para gozar o momento... desembrulhei com cuidado, com um entusiasmo quase pueril, e acolhi o estado de encantamento... Superou todas as expectativas!! Tudo alinhado para que este ano lectivo seja ainda mais especial... Obrigada M.O.D.!!


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Update

E respostas aos comentários que foram surgindo por aqui e pelo Facebook:

- Ontem, pela noite dentro, falámos sobre o que tinha acontecido e debatemos aquilo que seria importante abordar junto da escola hoje, assim como com quem.

- Hoje, pela manhã (um pouco mais tarde porque quis administrar o medicamento em casa), o pai foi levar a Francisca e falou com a educadora, a auxiliar e a directora da infantil. Foi recebido com um pedido de desculpas, foi tranquilizado com algumas medidas implementadas e foi assegurado que iam estar atentas (se o quadro sofresse alterações, ligavam de imediato).

- Agradou-me que não tenham usado as desculpas do costume ("É o primeiro dia. É sempre muito confuso." "Ela não se queixou.", etc.), que tenham assumido a devida responsabilidade e tivessem pensado no que fazer para que não se voltasse a repetir (iam fazer um registo detalhado de tudo o que comesse, estar atentas a reacções adversas, e todas as pessoas encarregues da alimentação da Francisca foram avisadas que não podiam dar-lhe leite com chocolate, entre outros alergénios - foi feito, inclusive, um "cartaz" para o refeitório com o aviso de que a Francisca não podia beber leite com chocolate).

- Quando menciono que não sabiam o que ela tinha comido, estava a referir à opção do lanche (leite com chocolate ou leite branco). De resto, sabiam em que tinha consistido a alimentação dela: a meio da manhã, bolachas Maria; ao almoço, sopa e almôndegas com arroz - não quis a salada e a fruta).

- No Hospital, o médico, embora não pudesse avançar certezas, estava convencido que passou pelo leite com chocolate (não pelo chocolate, a que não é alérgica, mas aos conservantes/aditivos que esses leites de pacote levam).

- Não posso dar certezas, mas suspeito que tenha sido por aqui, uma vez que nunca tinha bebido leite com chocolate (no infantário, chegaram a dar-lhe leite com chocolate, mas apenas uma vez, e muito pouca quantidade, Nesquik misturado no leite branco - liguei hoje a confirmar).

- Pela hora de almoço, ligaram a avisar que estava com mais borbulhas (nas mãos, braços e pernas). Ligámos ao pediatra, que nos assegurou que era normal (o pediatra da urgência também já tinha avisado que isto ia acontecer - altos e baixos até o alergénio ser expulso do organismo -, mas quisemos confirmação). Apesar disso, o pai passou pelo colégio e trouxe a Francisca para casa. Passámos a tarde a ver o tal filme ("A Bela e o Monstro"), a comer pipocas e com bastante mimo (não digo muito porque com três há muita atenção para dividir).

- Vai fazer a medicação (Aerius e Celestone) durante cinco dias.

- Vamos falar com o pediatra amanhã sobre a necessidade de marcar um alergologista (o pediatra da urgência não vê necessidade).

Obrigada a todas pelas palavras e preocupação! Soube bem este eco ;).


E agora?...

Ontem, quando fomos buscar a Francisca, ela estava a brincar (sozinha com uma bola, embora estivessem por lá outras crianças) no recreio. Viu-nos, o rosto iluminou-se, e correu para nós. Só parou para calcular quem ia levar o primeiro abraço (a mãe ;)). Olhei  para ela e percebi, imediatamente, que alguma coisa não estava bem. Tinha a cara às manchas vermelhas, parecia abatida... Pensei que podia ser do calor, afinal, ninguém lhe tinha tirado a bata, mesmo depois de nos terem garantido que, se estivesse calor, o fariam (e estava, muito!). Disse que tinha muita sede (mau!) Fomos lá dentro com ela, e pedimos para lhe darem água. Tinha de cumprimentar a nova educadora, mas não estava presente (acho que nem sorri). Os meus olhos não largavam a Francisca, observei cada movimento. Sentia que alguma coisa não estava bem, que aquelas manchas, aquele calor, não era normais, levantei-lhe a blusa, e tive a certeza: estava com uma reacção alérgica. Nunca tive, nunca tinha visto, mas tive a certeza. Era evidente. A educadora foi dizendo que não havia nada na ficha dela a sinalizar alergias alimentares (é natural, ela nunca teve), que podia ser alguma coisa viral. O pai foi desvalorizando, dizendo que era uma reacção da pele ao calor, que eu estava a exagerar. O optimismo e a descontracção dele (características que normalmente aprecio) estavam a tirar-me do sério. Fui sinalizando a toda a gente aquela situação, queria eco, queria ter-me sentido apoiada. Mas, não senti. Toda a gente desvalorizou. Comecei a ligar ao pediatra ainda dentro da escola. Não atendeu. Nem pensei. Directo para o hospital. Pedi urgência ao pai, que continuou a desvalorizar, e acusar-me de estar a estragar a experiência do primeiro dia de aulas da Francisca. No hospital, finalmente, veio o tal eco. Era uma reacção alérgica, e forte. Não era grave porque não teve sintomas respiratórios, mas quando tirámos as calças à Francisca o coração caiu-me aos pés, senti que o do pai também. Corticosteróides. Atarax. Esperar 1h30 para ver a reacção da Francisca e a revolta a crescer dentro do peito. Como é que era possível que ninguém soubesse exactamente o que ela comeu? Como é que era possível que ninguém se tivesse dado conta (bastava olhar para ela!)? Porque é que estavam todas sentadas/encostadas ao portão à conversa? Porque é que a minha filha estava sem chapéu e no recreio antes das 16h da tarde? 

Ainda ontem o Pedro perguntou ao médico se ela podia voltar à escola hoje. Eu disse logo: "Não!". O médico disse que sim, que, se ficasse melhor, podia. E, hoje, mesmo comigo a aliciá-la com um filme, muito mimo e pipocas, ela insistiu em ir. E, agora, tenho o coração do tamanho de uma pulga (e com a mesma agitação), e um nó no estômago, e as lágrimas a escorrerem pelo rosto e esta maldita insegurança nos cuidados com a minha filha, algo que nunca senti no infantário dela, em que ela não era apenas mais uma, mas uma princesa, um tesouro, que sempre foi cuidado e acarinhado como tal. E, agora, o que é que eu faço com esta vontade de agarrá-la e nunca mais largar?... 

Sim! Sou uma mãe galinha!!!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A Diferença entre Mulheres e Homens

A Francisca levava as vacinas e dormia mais do que o habitual.

Os gémeos levam as vacinas, tomam Ben-u-Ron e passam o dia a berrar como se não houvesse amanhã.

Homens!!!


A Francisca com 4 meses...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

4 meses

Tenho passado pouco por aqui. Neste momento, a questão não passa tanto pela falta de tempo (embora ela esteja presente), mas sim pelas vertigens. Tenho crises de vertigens há mais de um ano e, quando elas voltam, é-me difícil estar ao computador, escrever e ler então... Estava a fazer o estudo da questão quando engravidei e deixei tudo em standby. Tenho de marcar uma consulta de otorrinolaringologia.

Mas, passemos a tópicos mais agradáveis e importantes...

Os gémeos fizeram 4 meses (dia 30) e estão gordos e lindos (estou cada vez mais apaixonada!). Despertaram para a vida e um para o outro. Antes, já interagiam, mas era uma mão dada, quase sem querer, um chegar perto na hora de dormir... Agora, sorriem, gargalham, palram e é absolutamente delicioso assistir a esta cumplicidade que, espero, dure toda a vida. Também estão mais exigentes, pedem atenção constante, querem muito colo, e reclamam-no de uma determinada maneira. E, depois, há as birras de final de dia, nas quais a irmã mais velha passou a participar, juntando-se a elas ou ajudando a geri-las.



A Francisca anda ciumenta e continua a apresentar algumas regressões, mas também está mais autónoma - deixa-nos com a maior facilidade e nunca tem pressa para voltar, até o dormir fora de casa ficou fácil. São movimentos naturais, nem sempre fáceis de gerir (quando a paciência é diminuta, o cansaço grande, e as saudades apertam).

Para a semana, começa a escola nova e, por enquanto, anda apenas entusiasmada e algo ansiosa.

Já eu... muita expectativa, ansiedade e, confesso, algum medo. Sei que a vida é movimento, mudança, mas ela tem vivido tantas num espaço tão curto de tempo... A minha esperança é que isso a torne mais resiliente, flexível e corajosa.