segunda-feira, 29 de abril de 2013

O dia e a hora...

Sei que tenho andado algo desaparecida, mas tem sido difícil encontrar disponibilidade para passar por aqui. A Francisca adoeceu e foi preciso preparar tudo para a chegada dos gémeos (garanto que tem sido uma odisseia). Pensava que tinha tudo comprado/organizado, mas, contra imprevistos (como, apesar das garantias dos vendedores do carro e das lojas, as cadeirinhas não caberem no banco traseiro) não há listas de organização que nos valham. 
Não está tudo organizado e tratado como idealizei, mas isso não interessa nada agora porque chegou, finalmente, o momento deles nascerem! Infelizmente, vai ser uma cesariana, mas, com gémeos e uma cesariana anterior (entre outros motivos), a médica não quis arriscar. Estou uma pilha! Mas, terá de ser. Eles não podem ficar cá dentro e o corpo já começa a dar sinais de que está na hora. Está a custar-me imenso separar-me da Francisca (ainda por cima ela não está a 100% - a tosse não a larga!). Sei que vai ficar nas melhores mãos possíveis, mas não são as nossas e quando eles estão doentinhos são as nossas que eles querem. Estou a tentar manter-me positiva, pensar nas coisas boas que aí vêm e afastar os "maus" pensamentos, mas eles são teimosos. 

Espero, da próxima vez que vos encontrar, trazer boas novas e fotografias dos meus príncipes (estão tão curiosos como eu?)...




Curiosidades: Os gémeos vão nascer no aniversário de casamento dos pais e, depois de nascerem, durante os primeiros tempos, vão ficar assim, a dormir juntos (é prática na maternidade e será prática aqui em casa também).

terça-feira, 23 de abril de 2013

Estado de Alma (Temporário)

Às vezes, pergunto-me quanto de mim devia partilhar por aqui... Por vezes, desabafamos, em momentos em que estamos mais cansadas, em baixo, e depois não nos identificamos com o que está escrito porque, depois de respirarmos fundo, percebemos que as coisas, afinal, não têm a dimensão que lhes atribuímos, porque apercebemo-nos que, perante outros assuntos e problemas, os nossos não são nada e ficamos a sentir-nos pequenas e tolas.

Dito isto, aqui vai: passei a última hora a chorar e não conseguia parar. Não aconteceu nada de específico ou particularmente grave. Mas, ontem, soube que vem aí mais uma cesariana que, dê-se a volta que dê, é uma grande cirurgia e estou ansiosa e angustiada. Para a primeira fui confiante, destemida até, mas desta vez só penso que vou ter de separar-me da Francisca, que alguma coisa pode correr mal, e choro, choro, choro... O marido também tem andado particularmente indisponível e ansioso por causa do trabalho (tem de deixar todos os projectos que tem em curso organizados/fechados até ao final da semana). Deixei de conseguir ouvir de um ouvido, não consigo dormir, estou com falta de ar e energia e, entretanto, a Francisca adoeceu. São um conjunto de pequenos nadas, eu sei, mas juntos tomaram uma proporção quase esmagadora. E eu precisei chorar. Resolveu? Não. Mas, ajudou, aliviou. Às vezes, chorar lava a alma e eu precisei lavar a minha...

O mais difícil foi ter afligido a minha princesa, que, perante o pranto da mãe, perguntava o que se passava. Perguntou se tinham sido os manos, ou o pai, ofereceu-se para zangar-se com o pai (caso tivesse sido ele a zangar-se com a mãe), e voluntariou-se para pintar comigo, entre outras actividades (acabámos por eleger os autocolantes). Expliquei-lhe que os pais, de vez em quando, também ficam tristes e choram, mas que passa. No entanto, foi-lhe difícil entender, já que não existia um motivo concreto para o choro da mãe e, no universo deles, chorar só faz sentido assim. Porque é que no nosso não? 
Fica a reflexão...





quarta-feira, 17 de abril de 2013

Projectos, Expectativas e Perguntas

Tenho andado um pouco desaparecida desde o aniversário da Francisca, mas tem sido por uma boa causa - consultem estes dois álbuns que criei no Facebook: Mães Talentosas e Mães Empreendedoras. Perante um sonho, mesmo em épocas difíceis, há quem tenha coragem de inovar e arriscar e, para mim, isso é algo que deve ser reconhecido e divulgado. 

Para além de andar a espreitar estes projectos, para depois "publicitar", também ando ocupada, finalmente, a preparar as coisas para a chegada dos gémeos. Já só faltam duas semanas! Confesso que estou desejosa. Entrei na parte verdadeiramente desconfortável da gravidez e com cerca de cinco quilos apenas de bebés não é de estranhar. Já não penso tanto no parto e no que pode correr mal, mas sim neles, nas suas feições, em agarrar aquelas mãos pequenas e delicadas, na pele enrugada e rosada, no cheiro de recém-nascido, e nos vários aspectos práticos: vesti-los, mudar-lhes as fraldas, se vão comer com facilidade ou recusar o peito, como a primogénita (na primeira volta, tive um mês e meio a tirar todas as refeições da F. com a bomba, o que, com gémeos, torna-se impraticável - mesmo que existisse essa possibilidade, não voltaria a sujeitar-me a semelhante tortura/loucura). Na primeira volta, somos mais inflexíveis, mais susceptíveis às pressões externas... queremos ser perfeitas, corresponder na íntegra à imagem que fomos construindo. Na segunda volta, somos mais realistas, sabemos que não vamos ser perfeitas, vamos dar o nosso melhor, e que o mais importante é estarmos disponíveis, fisicamente e emocionalmente. Acima de tudo, sabemos que há improváveis e que os primeiros tempos serão duros. Com gémeos, isto será, provavelmente, ainda mais verdadeiro. 



Há perguntas que ouvi repetidamente ao longo desta gravidez...

Pergunta 1: Há gémeos na família (outra maneira, mais discreta, de perguntar se a gravidez foi espontânea ou se houve algum tratamento de fertilidade envolvido)?
Resposta: Há história de gémeos na família do meu marido, mas, aparentemente, isso não tem qualquer importância porque é a mãe que determina se a gravidez é múltipla, ou não. Na minha família, pelo menos de que eu tenha conhecimento, não há gémeos, por isso, foi uma surpresa total (outra maneira, mais discreta, de responder que a gravidez gemelar foi espontânea). 

Pergunta #2: Tens noção daquilo em que te meteste?
Resposta: Alguma (afinal, já sou mãe). Mas, não foi uma escolha consciente, aconteceu.

Pergunta #3: E a Francisca?
Resposta: A Francisca está óptima. Teve, ao longo da gravidez, algumas regressões, que foram sendo ultrapassadas, com paciência e sem dramatizações. Provavelmente, depois dos irmãos nascerem, terá outras, ou voltarão as que já desapareceram. Também elas serão ultrapassadas. Os ciúmes são expectáveis, mas irei lidar com eles à medida que forem surgindo. Não posso prever quais serão as suas reais dificuldades, comportamentos, mas vamos estar atentos.

Pergunta #4: Estás preparada para não dormir, não comer, e não ter vida?
Resposta: Não. Era suposto estar? Ter o sono constantemente interrompido, pelo que me lembro, é a parte mais difícil de gerir e contornar, mas, se tudo correr bem, será uma fase passageira. Quanto à comida, terei de arranjar tempo para cozinhar e comer, até porque tenho uma filha pequena que não pode ficar por alimentar. Quanto ao não ter vida, para mim, a vida só enriquece com a maternidade, por isso... Há programas que ficarão, certamente, mais difíceis (especialmente, os programas a dois), mas, conforme eles vão crescendo, a sua autonomia também e, como tal, a necessidade da presença física constante dos pais também.

E, vocês, querem colocar-me alguma pergunta?
Aproveitem enquanto ainda tenho tempo para responder ;)




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(O resultado do passatempo The Bubble & ColorByMe encontra-se por lá)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Aniversário da Francisca

No dia do seu terceiro aniversário, pela manhã, a F. foi com o pai ao Oceanário (a barriga da mãe já não permite grandes passeios/aventuras e havia coisas para organizar para a festa).
Como sempre, pôde escolher um peluche (desta vez, trouxe um tubarão), e andou encantada e muito curiosa a percorrer os diferentes espaços (já conhece bem os cantos à casa porque já lá foi quatro vezes).




À tarde, enquanto fazia a sesta com a mãe (um mimo que soube muito bem a ambas!), foi preparada uma festa de sonho pela Inês da Balões com Pinta.
Quando acordámos, tínhamos um mundo encantado, com as criaturas do conto de fadas favorito dela, à nossa espera...




 








O bolo é da Doces Paladares.

A indumentária escolhida é da Peixinho do Mar (e fê-la sentir uma verdadeira princesa). 


 Os ganchos são da ColorByMe

Foi um dia em cheio, com muitas surpresas, alguns presentes e uma novidade (a F. deixou as chuchas com os "peixinhos pequeninos" no Oceanário ;)).



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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O que não quero que tu te esqueças #2...

Acabaste de fazer três anos e estás tão crescida! Os pais estão, como sempre, muito babados contigo e as tuas conquistas e queremos que tenhas, para sempre e ao teu dispor, alguns dos aspectos que caracterizam a criança que és nesta fase (embora não existam palavras que possam descrever-te com justiça).

Por esta altura... 


Já sabes...

  • O abecedário
  • Identificar algumas letras, como as vogais
  • Contar até 15 em Português e até 10 em Inglês
  • As cores em Português e Inglês
  • Dezenas de canções (não estou a exagerar, toda a gente, professora de música incluída, fica espantada com a tua facilidade em decorar a melodia e as letras das músicas)
  • Comer sozinha, com talheres (garfo/ colher)
  • Pedir para ir à casa de banho
  • Lavar as mãos e a boca
  • Lavar os dentes (com ajuda)
  • Passar, na altura do banho, sabonete no corpo (embora, os pais continuem a encarregar-se do banho)
  • Os nomes das diferentes partes do teu corpo
  • Os nomes de quase todos os animais
  • Identificar algumas figuras geométricas (círculo, quadrado, rectângulo e triângulo)
  • Expressar-te muito bem
  • O teu nome, sexo e idade
  • Identificar e distinguir os diferentes membros da família

Começas a...

  • Ter mais birras
  • Testar (mais) os limites e a autoridade dos pais
  • Subir e descer escadas sozinha
  • Saltar com os pés juntos
  • Andar nas pontas dos pés
  • Vestir-te sozinha
  • Perder as feições de bebé e ganhar feições de criança
  • Conseguir relatar eventos passados

Gostas de...

  • Brincar com os papás 
  • Brincar sozinha (dedicas mais tempo aos jogos de "faz-de-conta" e papéis, imitando os adultos)
  • Brincar com os amigos, os avós e os primos
  • Cantar
  • Dançar (ballet)
  • Ler (os livros preferenciais são os das princesas e da Anita)
  • Desenhar (neste momento, o desenho de eleição é a figura humana)
  • Ver televisão (mais concretamente, o canal Disney Junior e os teus dvd's)
  • Utilizar o tablet (chamas-lhe o A, E, I, O, U)
  • Tocar instrumentos
  • Ver-te ao espelho
  • Animais 
  • Calçar os sapatos dos papás
  • Utilizar a maquilhagem da mamã (que não te deixa brincar com a maquilhagem dos adultos, dá-te apenas coisas como o batom do cieiro, que é pediátrico ;))

Não gostas de...

  • Partilhar
  • Experimentar novos sabores e texturas

Tens medo...

  • Do escuro
  • De barulhos altos e repentinos
  • De ficar sozinha, especialmente, na hora de adormecer
  • De Cobras (por causa de um pesadelo recente, ficaste convencida que habitam no teu quarto, mais concretamente, nas almofadas da tua cama)




Este foi um momento Limetree, um momento para mais tarde recordar...

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terça-feira, 9 de abril de 2013

Abracadabra

A F., ultimamente, anda numa fase em que só quer a mãe. Talvez, porque sabe que aproxima-se a data em que os irmãos "vêm cá para fora", possivelmente, porque, com o largar da chucha, impõe-se uma dose extra de mimo. 

Ontem, na hora de deitar, começou a transmitir ao pai que queria a mãe (que estava mal-disposta na sala, com os irmãos a utilizarem o seu estômago como punching bag). Posto a insistência do pai no actual arranjo (pai a cuidar da hora de deitar), a F. pediu a sua nova varinha de condão, abanou-a no ar e disse:

- "Abracadabra, desaparece o papá! Abracadabra, desaparece só o papá, não desaparece a mamã!"

A abordagem foi tão original que não resistimos e fizemos-lhe a vontade: desapareceu o pai e apareceu a mãe ;).


Hoje, pela manhã, com a varinha na mão, disse:

- "Abracadabra, desaparece a cama!"
O pai, espantado, perguntou:
- "Desaparece a cama, F.? Se desaparecer a cama, onde é que dormes?"
A F. apontou para o quarto dos pais e respondeu:
- "No quarto dos papás, com a mamã. Abracadabra, desaparece a cama!"

Isto promete...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Momento Baba

Recebemos hoje o relatório do segundo período de aulas de Inglês da Francisca e não podíamos estar mais orgulhosos:

"A Francisca tem um tremendo potencial para a aprendizagem do idioma. Adquiriu muito bem os conteúdos ensinados e responde sempre correctamente ao solicitado. É uma criança que acompanha todas as actividades propostas sem dificuldades absolutamente nenhumas."

A sério, tragam o babete...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A nossa Páscoa

Ontem, chegámos a casa dos meus sogros e tínhamos a casa toda enfeitada. A mesa tinha sido decorada pela minha cunhada, que adora este tipo de trabalhos, e estava uma delícia. Nunca vi tantos coelhos e ovos de Páscoa juntos e a Francisca adorou! Foi repetindo: "Feliz Dia de Páscoa!" e "Obrigada pela Páscoa, vovó Ana!". 


Infelizmente, esqueci-me da máquina fotográfica em casa e estas são as únicas imagens que tenho disponíveis :(

É tão bom ver (e viver) as coisas através dos olhos deles... é tudo novo, mágico e encantado! Talvez por isso, ontem, esqueci os horários (e a sesta), as dietas (se bem que, para ser sincera, o controlo alimentar não esteja a ser brilhante), e aproveitámos (demais e sem restrições) a comida, a companhia da família, e a alegria (contagiante) dela. 

O próximo fim-de-semana também vai ser cheio de eventos, a começar pela festa de aniversário dela. Ela anda expectante e nós também...