terça-feira, 17 de julho de 2012

Opções...

Gostava de perceber, sinceramente, porque é que ofende tanto algumas pessoas a opção de ficar em casa com os filhos. Compreendo que as mulheres lutaram muito para poderem trabalhar, alcançar os mesmos direitos que os homens no mercado de trabalho, e que continuam a travar essa luta, mas, acima de tudo, acho que as mulheres lutaram pelo direito de escolha. E, como tal, a opção da mulher ficar em casa com os filhos, abdicando da sua carreira, devia ser respeitada, da mesma forma que a outra opção o é. Bem sei que há muitas mulheres que gostariam de poder tomar esta decisão e não podem, nomeadamente, por questões monetárias. Mas, será que é assim tão incompreensível que quem pode tomar essa opção a tome? Também sei que todas as opções tem consequências/riscos, mas quando eles são pensados, pesados, e assumidos a dois, porque é que algumas pessoas continuam a ter uma opinião tão marcada sobre o assunto? Porque é que algumas pessoas se sentem tão melindradas, afinal? 
Pessoalmente, tomei a opção ficar em casa durante a gravidez e os dois primeiros anos de vida da Francisca, sabendo que, muito provavelmente, isso significaria sacrifícios a nível académico e profissional. É uma opção que tomei conscientemente e da qual não me arrependo. Actualmente, estou à procura de emprego/estágio profissional (distingo os dois porque o segundo não é, necessariamente, remunerado). Também foi uma opção pensada, pesada e assumida a dois. O coro para esta decisão é profundamente diferente do coro da primeira. As palavras e olhares de desaprovação e preocupação deram lugar a palavras e expressões de incentivo e apoio. 
Ficar em casa é uma opção válida e, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, nada fácil. Afinal, não há remuneração, horário de trabalho, férias, ou baixas. No entanto, a recompensa é imensa. Não trocaria os momentos que partilhei com a Francisca por nada. Também não olho para as mães trabalhadoras com menos respeito ou admiração. Admiro todas as Mães (com M maiúsculo), em todas as suas formas/opções. 
Qualquer que seja o caminho que tomem, o meu único desejo é que sejam verdadeiros e felizes e, já agora, que sejamos mais tolerantes uns com os outros.

1 comentário:

  1. ola Susana como vai?

    bem seguramente o que se deseja.

    sobre este tema, agrada me a forma como termina, e passo a citar: "que sejamos mais tolerantes uns com os outros" assim, caso eu use uma lingua viperina, a Susana nao me vai insultar, vai dar me seguramente a outra face certo? otimo.
    eu gosto da ingenuidade na forma como foi abordado e de toda a carga in sita neste tema.

    num dos meus comentarios afirmei que este blogue era cor de rosa, para gente cor de rosa recorda se?e nao estou errado.
    Susana repare no seu perfil usa um verbo feio "gozar" tranquilamente a gravidez depois "gozar" a maternidade porque tem essa possibilidade ou seja pos se no papel de dondoca peço desculpa pelo termo, porque tem essa possibilidade pensada a dois o que é perfeito e tudo bem.onde quero chegar?
    precisamente às pessoas que olham para estas mulheres donas de casa com melindre..pois,
    no seu caso em particular é natural que assim seja, a Susana nunca trabalhou ou esta a esconder debaixo do tapete? eu tenho a certeza que ja trabalhou mas nao quer dizer, só mostra o lado bom da vida acho bem.
    hoje e recente publicacao que se le, ia para a piscina da Avó Helia????perfeito e otimo.
    quer que as pessoas comentem de que forma?
    leia "o desespero humano" de Soren Kierkegaarg e obtem a resposta acho eu.
    e sabe qual´é eu adianto?
    Inveja Susana..

    adoro aquele bonequinho mesmo!!

    continuacao de bons temas.~

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