Isto de ter as noites fusionadas com os dias não é nada fácil...
Isto de sentir que somos precisas quase todos os momentos do dia, pelas pessoas mais importantes da nossa vida, e que não chegamos para todos, não é nada fácil...
Isto de termos o triplo das tarefas domésticas que tínhamos antes e de andarmos com a casa do avesso não é nada fácil...
Isto de passarmos o tempo todo a sentirmos que estamos em falta com algo ou alguém não é nada fácil...
Isto de não termos hora para tomar banho, comer, entre outras coisas, não é nada fácil...
Isto de termos um a pegar no peito e outro a ficar muito frustrado e não conseguir (parece um peixe fora de água) não é nada fácil...
Isto de amamentarmos e tirarmos com a bomba, estarmos constantemente a lavar e esterilizar biberões não é nada fácil...
Isto de termos dois bebés a querer, histericamente, comer ao mesmo tempo não é nada fácil...
Isto de termos uma piolha a chamar a atenção dos pais com birras e regressões (voltou a fazer xixi nas cuecas) não é nada fácil...
Isto de termos o marido com um medo inexplicável (e totalmente injustificado) que a mãe demonstre, em algum momento, tratamento preferencial por um dos gémeos não é nada fácil...
Isto de termos um marido tão cansado e, portanto, de pavio curto como nós não é nada fácil (o Benfica também não tem ajudado ;))...
Isto de estarmos a precisar de tempo para nós e não sabermos como ou quando o vamos conseguir não é nada fácil...
Não é nada fácil, mas não trocava as minhas actuais circunstâncias por outras.
Sei que este período não é fácil, na verdade, tem desafios bem reais, complicados. Mas vai melhorar, vai passar, mais depressa até do que eu desejaria, por isso, vou fazer com ele o melhor que conseguir, respirar fundo e sorrir (e quem sabe, para aliviar, de vez em quando, chorar - se tiver tempo ;)).
Susana, fui mãe de gémeos em Fevereiro e senti o mesmo... mas vai melhorar..eles agora estão a ficar muito melhor! e nós já tivemos um pouquinho de tempo para nós. Quanto ao nosso filho mais velho instituimos o dia do filho unico! beijinhos e coragem!
ResponderEliminarObrigada pelas palavras, Joana. O dia do filho único, por enquanto, vai ser difícil, mas já tínhamos pensado, e conversado, em reservar uma manhã/tarde para estarmos sozinhos com ela (por enquanto, terá de ser à vez). De qualquer forma, acho que estava a precisar organizar-me, instituir algum tipo de rotina, mais rígida, cá em casa. Hoje é o primeiro dia e, até ver, está a correr bem, mas vou dando novidades. Beijinhos
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