O processo da Francisca largar as fraldas está a correr bem, na verdade, até melhor do que eu esperava. Mas, de vez em quando, o que é compreensível, ainda acontecem "acidentes". Hoje, chegámos a casa, ela encaminhou-se para o cavalo (comprámos o animal numa daquelas lojas de chineses por oito euros e foi das melhores compras que fizemos até à data) e, como é hábito, começou a saltar, enquanto cantava "Era uma vez um cavalo...". Nós aproveitámos e fomos tratar de algumas coisas, quando, de repente, ouvimos aquele som, que aprendemos a identificar porque é reservado para os momentos em que faz xixi nas cuecas (uma mistura de aflição e admiração). Encaminhámo-nos com a devida "urgência" para a sala. Devíamos estar com um ar preocupado, porque ela olhou para nós, para o chão, que patinhou, e disse, enquanto levantava os braços:
-"Não há problema. Não há problema."
Ao que eu respondi: "Há, há, Francisca. Nota-se que não és tu que limpas."
Agora, repousa o cavalo, na banheira, depois do duche...
Pena que eu não possa gozar da mesma sorte (há que limpar a cozinha, estender a roupa, colocar a piolha a fazer as necessidades, lavar-lhe as mãos, a cara e os dentes, mudar-lhe a roupa - o jantar voou para todo o lado hoje, mas aterrou todo no vestido -, vestir-lhe outra vestimenta, arrumar e limpar a cozinha e a sala, e preparar as coisas para amanhã).
É como eu costumo dizer: "Dá trabalho? Dá! Mas, eu não trocava por nada..."
Sem comentários:
Enviar um comentário