Lindamente! Acordámos, devo confessar, tarde e a más horas. Mas, com o cansaço da viagem do dia anterior e a confusão de horários (caiu perdida de sono no meu colo antes do jantar, acordou em Lisboa, e só conseguiu voltar a dormir perto da meia noite), achámos que era melhor deixá-la dormir. Passou as férias a pedir para ver fotos dos amigos e das professoras, pelo que já sabíamos que as saudades estavam presentes, o que nos deixou mais tranquilos. Na hora de ir para a escola, ficou contente, mas vacilante. Ao entrarmos pela porta, subiu por mim acima, como um macaquinho, e colocou as mãos à volta do meu pescoço, enquanto enterrava, acanhada, a cara no meu ombro. Quando já estávamos a aproximarmo-nos da nova sala de aula, coloquei-a no chão e levei-a de mão dada até à porta. Espreitou a sala, disse olá aos amigos e às professoras, mas não largou as minhas pernas (literalmente, alapou-se). Não forçámos, ficámos na conversa com as professoras e aguardámos. Sabíamos que a confiança, aos poucos, ia surgir. Acabou por ser a melhor amiga dela que tomou controlo da situação: veio ter com ela, pegou-lhe na mãe e levou-a para dentro da sala, onde, reparei, havia uma cozinha totalmente equipada. Soube imediatamente que ia correr tudo bem... Está apaixonada pelos tachos e panelas! Chamei-lhe a atenção para a cozinha e ela encarregou-se de nos despachar, toda contente: "Adeus! Adeus! Até logo!". O aperto no peito voltou, mas não tão forte como no primeiro dia de aulas, as saudades instalaram-se e eu encarreguei-me de tê-la por perto, mesmo na sua ausência - fui comprar uma surpresa que sabia que ela ia adorar (já vos falo nela). Passei o dia ocupada, entre uma tarefa e outra, e não quis colocar os pés em casa antes de ir buscá-la (ia deixar o confronto com a casa vazia para amanhã). Perto das quatro apareci na escola, cheia de mimo para distribuir, mas ela estava tão entretida que hesitou. De seguida, o rosto dela iluminou-se e correu para o meu abraço. Fiquei a conversar com as professoras (acho que tinha tantas saudades como a F.), enquanto ela ensaiava a despedida... correu metade do corredor sem mim, depois o corredor inteiro e, finalmente, recado bem dado, pegou no saco dela, colocou-o ao ombro e começou a percorrer novamente o corredor. Recado recebido! Despedimo-nos e fomos lanchar, "piscinar", e ainda tivemos direito a um jantar em casa dos avós paternos, com os tios Francisco e Filipa, e o cão deles.
Foi um dia muito preenchido, cheio de aventuras, reencontros, descobertas, saudades, gargalhadas e algum cansaço. Foi mais uma lembrança que ela está a crescer, que o mundo dela cresce com ela, e que não há nada melhor do que estar presente para assistir, encorajar e aplaudir.
Este foi um momento para mais tarde recordar... Este foi um momento Limetree!
É tão bom quando eles se adaptam bem e se sentem integrados!! um beijinho
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