segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Admitindo e corrigindo erros... Parentalidade!

Como se costuma dizer: "Em casa de ferreiro, espeto de pau."
Eu sabia que estava errado, que não era benéfico, mas, fruto das circunstâncias e por comodismo (confesso!), cedi. 
A F. sempre foi uma criança "fácil" (não gosto nada desta expressão!), excepto em duas ocasiões: quando era bebé, a birra de final de dia (muitas crianças têm e, geralmente, a situação é ultrapassada - foi o caso da F.) e na hora de deitar (à noite). Nunca quer ir deitar-se, debate-se com o sono e quer a companhia dos pais para adormecer (quase sempre da mãe). 
No Verão, teve de dormir no quarto dos pais e fazia a sesta connosco (afinal, sabia tão bem aquele aconchego a seguir ao almoço...). Quando voltámos de férias, habituada ao quentinho, conforto e segurança da companhia dos pais, a hora de deitar ficou ainda mais complicada, com a mãe ou o pai a passarem muito tempo inclinados sobre o berço a segurarem-lhe a mão para adormecer. Acontece que, em Setembro, descobri que estava grávida e começou a ser-me desconfortável estar debruçada sobre o berço, com a barriga em cima das barras. Depois, vieram os enjoos (que, nesta gravidez, eram nocturnos e não matinais) e a necessidade de tomar Nausefe, que transforma-me num autêntico zombie. O pai, atolado em trabalho e com o "peso" da responsabilidade dos gémeos a caminho, passou a ter horários complicados. Como tal, cedi e trouxe-a para a nossa cama. Adormecia-a por lá e, depois, na calada da noite, quando vinha deitar-se, o pai passava-a para a cama dela. Acontece que, atordoada pelo Nausefe, eu deixei de acordar o pai, que adormecia na sala vencido pelo trabalho e, como tal, a princesa passou a dormir com a mãe. Acresce que, um dia, na hora da sesta, porque, mais uma vez, não queria dormir, atirou-se do berço e decidimos mandar vir uma cama. Com a desculpa de que a cama ainda não tinha chegado, fomos "empurrando com a barriga", ignorando uma situação que sabíamos errada. 
Contudo, com a proximidade da nova realidade, e com a consciência de que não posso deixar coincidir a passagem para a quarto/cama dela com a chegada dos gémeos (afinal, não convém nada que ela sinta que foram eles a expulsá-la da cama dos pais, mais concretamente do "miminho da mamã"), decidimos enfrentar a situação e ela passou a dormir no quarto/cama dela. Fomos falando com ela, esperámos o fim-de-semana para estarmos mais disponíveis para as possíveis dificuldades, comemorámos (muito!) as conquistas, e estamos a ser firmes e consistentes (a partir do momento que tomamos uma decisão destas, ou outra semelhante, é muito mais prejudicial para a criança uma série de avanços e retrocessos do que o desgosto e o choro que possam advir da adaptação). 
Sei que errei (afinal, ela tinha conquistado autonomia durante o sono - dormia na sua cama e sozinha - e eu permiti um retrocesso neste processo autonómico), certamente, vou voltar a errar, mas não devemos ter medo de admiti-lo e corrigi-lo. Pode demorar, dar mais trabalho, mas é sempre possível. Temos de mantermo-nos firmes, unidos e consistentes. E, vocês, estão a arranjar coragem para mudar algo?...
A cama nova da princesa...
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3 comentários:

  1. Olá Susana!
    Descobri ontem o seu blog e gostei muito.

    A minha filha, que fez agora 2 anos, também gosta muito de dormir na nossa cama. Obviamente, isto aconteceu porque nós permitimos, e enquanto até aos 6 meses foi uma bebé que dormia bem (adormecia sozinha, e dormia 12 horas seguidas!!!), a partir daí piorou um pouco, e aos 9 meses a médica "ordenou" que ela voltasse para o quarto dos pais, tal era o meu estado zombie. Como não ficava de forma alguma na nossa cama e chorava horas a fio em qualquer lugar, estávamos mesmo esgotados. Só depois de ter feito um ano é que começou a acalmar na nossa cama, e como andávamos tão exaustos, foi a forma que conseguimos de ter algum descanso... Ela dormia, e nós também, apesar dos pontapés e cotoveladas. A partir daí, honestamente, eu estava satisfeita, porque bem ou mal conseguia descansar, mas a rotina do sono alterou-se, e o adormecer já era na cama dos pais, e só depois é que ia para a cama dela, já a dormir. Como não gosta de chupeta, se acordasse a meio da noite queria mamar (até aos 14 meses) e mais tarde o biberon, vício que até hoje se mantém. Para além disso também nunca consegui que tivesse uma fraldinha ou boneco preferido. Agora com 2 anos acabados de fazer, queremos que tenha a sua cama, para pelo menos passar a adormecer nela, mesmo que eu lá esteja. Tem que ser um passo de cada vez, depois quando esse passo estiver conquistado, passamos a eliminar o vício do leitinho durante a noite, mas temos que ir com calma. São muito raras as noites em que ela não acorda, e apesar de termos a noção que fomos nós provocámos esta situação por conforto ou desleixo, está na altura de agir, tendo em vista a sanidade mental da família :-D
    Já agora, de onde é a cama da sua filhota? É muito gira, e andamos a procurar uma que fique bem no quarto da nossa mas ainda não encontrámos "a tal".
    Obrigada e boa sorte com a aventura que se avizinha!!

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  2. Olá, Ana! Muito obrigada e seja muito bem-vinda! A Francisca, desde que engravidei, também passou a querer o conforto do leitinho à noite. Nesta nova fase, as primeiras noites não foram fáceis, mas já começámos a notar progressos (já não pede para ir dormir para a cama dos pais, apenas o "miminho da mamã" para adormecer, e está a acordar, progressivamente, menos vezes durante a noite). Como disse, "um passo de cada vez", com paciência e persistência. Uma coisa que tenho reparado é que ela, assim como nós, descansamos mais e acordamos mais retemperados (pontapés, cotoveladas e cabeçadas interrompem-nos o sono e têm o seu custo, mesmo que não estejamos conscientes dele até termos, finalmente, uma noite de sono sem interrupções). Portanto, pelo menos até à data, o balanço é muito positivo. Quanto à cama, é da Homes in Heaven e é o modelo com gavetão (também há sem essa opção). Beijinhos, Susana

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    1. Que bom!! Espero que com a minha Maria as coisas também comecem a encarrilhar. Estou consciente que não vai ser fácil, mas confiante!
      Obrigada e beijinhos!

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