segunda-feira, 8 de julho de 2013

Wrapped around their fingers

Entre os absolutos das teorias e a flexibilidade das práticas...


Como sabem, eu tirei o Mestrado em Psicologia Clínica e, como tal, fui exposta a muitas teorias, de grandes pensadores, estudiosos, e investigadores, assim como opiniões e convicções de professores e psicólogos/psiquiatras experientes na área do Desenvolvimento Infantil. Nesta área, não existem certezas, mas existem convicções, fundamentadas em anos de experiência e estudos, que, de uma forma geral, apontam numa determinada direcção. Como tal...

Sempre disse que, um dia, quando tivesse filhos...

- Cada um dormiria na sua cama (situações de excepção: pesadelos e doenças). Mas, eles não haveriam de invadir o meu espaço e do meu marido, a nossa intimidade. Cada macaco teria (como é suposto) o seu galho.
- Eles adormeceriam sozinhos, capazes e autónomos (que é o que se deseja).
- Não haveria de ceder a birras, porque pais que cedem a birras ficam reféns dos seus filhos. Ignoraria, faria valer o meu ponto de vista, mas JAMAIS cederia.
- Eles teriam rotinas rígidas, bem definidas, para o bem deles e para o nosso, uma vez que as crianças precisam (como água num deserto) delas - as rotinas funcionam como uma espécie de bússola num mundo que, por si só, tem o seu quê de caótico e imprevisível e, portanto, NUNCA abdicaria delas.
- As refeições seriam SEMPRE feitas em família, com a televisão desligada, tornando-se um momento de partilha de experiências e construção de recordações.

Mas...

- Há uma distância (GIGANTE) entre a teoria e a prática.
- Não existem absolutos.
- Eu não consigo, embora gostasse, imprimir rigidez numa dinâmica que é flexível, permeável a disposições, humores e vontades.

Ou (e estou mais inclinada para esta!)...

- They got me wrapped around their fingers!!!


5 comentários:

  1. É mesmo isso. As convicções teóricas têm para mim a sua importância, não gosto do discurso clivado de "isso são só teorias, o que interessa é a prática", porque funcionam como referências e não surgiram só porque sim... Mas penso que o segredo está na flexibilidade de não sermos escravos das mesmas. Há excepções, nem sempre as teorias se aplicam e outras vezes, mesmo que se apliquem, somos humanos, não somos máquinas.

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  2. Tal e qual!!! Nem tudo o que nos é passado na nossa fase de aprendizagem corresponde ao mundo real... Por aqui passa-se o mesmo!

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