- Estabeleça uma rotina, mas mantenha alguma flexibilidade - especialmente, durante os fins de semana e as férias. Por cá, por exemplo, aos fins de semana, atrasamos o horário das refeições cerca de uma hora.
- Procure fazer da hora da refeição um momento de diversão, partilha, contem histórias, procurem saber mais sobre o dia uns dos outros.
- Perceba o que resulta para a sua família - embora a maioria dos pediatras e psicólogos recomende a ausência de qualquer tecnologia durante a hora das refeições (para permitir que a conversa flua e facilitar a aprendizagem de algumas regras/hábitos de alimentação), a verdade é que existem crianças que precisam de ser distraídas para comer e o uso de algumas tecnologias pode ser revelar-se bastante útil, pelo menos numa fase inicial (confesso que, quando necessário, recorro à televisão, ao IPad e ao IPhone).
- Escolha as suas batalhas - não se prenda excessivamente com questões secundárias (se a criança está a utilizar as mãos para comer em vez dos talheres - fase de aprendizagem -, se está sentada de forma adequada, se aquela é a maneira mais correcta de segurar os talheres...).
- Reconheça, e aprenda a respeitar, os sinais enviados pela criança - se notar que a criança precisa de uma pausa, especialmente se foram jantar fora e a refeição está a demorar mais do que o normal, conceda-lha. Não se esqueça que as crianças não conseguem ficar muito tempo paradas.
- Permita que a criança escute o próprio corpo - se a criança estiver satisfeita, não teime que ela tem de acabar a comida que está no prato.
- Dê-lhe alimentos nutritivos, mas seja flexível - cá em casa, uma vez por semana, permitimos que a Francisca coma certos alimentos que ela adora, mas que não são, necessariamente, tão nutritivos como o desejado (pizza - embora a nossa versão seja algo caseira - e salsichas com arroz/massa e ovo).
- Apresente-lhe novos sabores, varie, mas, se a criança não gostar de um determinado alimento, não insista - a Francisca, por exemplo, sempre foi muito esquisita com determinadas texturas, pelo que, embora, ocasionalmente, continue a ensaiar alguns alimentos, come os vegetais todos na sopa e a fruta ainda é triturada. Não é ideal, mas estou convencida que é apenas uma questão de tempo.
- Leve-os consigo para o supermercado e a cozinha. Envolva-os na escolha da comida e na sua preparação.
E não se esqueça de dar o exemplo. Afinal, a criança aprende imitando os pais e, se tiver hábitos alimentares pouco saudáveis, a sua autoridade para cobrá-los aos seus filhos é limitada.
Se nada resultar e, passada a fase de aprendizagem, a hora da refeição ainda se apresentar como uma batalha, talvez seja altura de procurar ajuda profissional (pediatra, nutricionista, psicólogo). Pode existir uma razão que esteja a descurar para o comportamento em causa, física ou emocional.
Sem comentários:
Enviar um comentário