Hoje em dia, é muito comum ouvir as pessoas (pais, avós, educadores...) defenderem o deixar chorar uma criança como uma forma de educar ("Não podes atender a cada choro porque, nesse caso, vais estragar a criança com mimos").
Peço desculpa às pessoas que defendem esta crença, que atravessa gerações, mas acredito que, enquanto as crianças não têm competências linguísticas que lhes permitam expressar o que é que se passa com elas, normalmente, há uma razão para o choro e, portanto, devemos ir ver o que se passa.
Os bebés choram por inúmeras razões: fome, cansaço, frustração, doença, medo ou, pura e simplesmente, porque querem atenção, porque querem, como a minha filha aprendeu a exprimir, "miminho".
É muito comum atribuir "manha" à necessidade "miminho", mas os bebés não têm apenas necessidades fisiológicas, também têm necessidades sociais e emocionais. Precisam de atenção, carinho, colo, o chamado "miminho", e estas necessidades são tão importantes como as fisiológicas, pelo que acredito que devemos ir ao seu encontro com a mesma urgência que atendemos às outras.
Ao contrário da maioria das pessoas, não acredito que o mimo estraga, mas sim a falta dele. A minha filha foi "mimada", é "mimada" e, no que depender do pai e de mim, vai continuar a ser (o que não quer dizer que também não vá ser educada ;)).
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