- Antes de mais, é essencial que exista uma rotina, que permita à criança prever, com um determinado grau de precisão (vão existir, obviamente, situações de excepção), o que vai acontecer a seguir, o que contribui para aumentar a sua sensação de segurança e, consequentemente, a sua autoconfiança, essencial na hora de dormir – a partir dos 18 meses, a criança deve ir para a cama entre as nove e as dez horas, o que permite que ela brinque com os pais, mas obtenha o descanso que precisa (a hora do deitar deve ser coordenada com a hora do acordar, assegurando que a criança dorme o número de horas de que necessita – consultar os posts: “O que esperar, de acordo com a idade, em termos de sono” e “Porque é que dormir é tão importante?”).
- Prepare o quarto – desligue as luzes, se necessário, aqueça ou arrefeça o quarto, abra a cama, tenha à mão o que for necessitar (fralda, peluche, biberão...).
- Cerca de 30 minutos antes da hora do deitar, escolha uma atividade mais calma e confortante (por cá, lemos uma história, ou vemos um episódio do Uki – no final do episódio, ele vai fazer ó-ó e a Francisca fica mais receptiva à ideia). De notar, que a maioria dos pediatras é contra a ideia de ver televisão antes de ir para a cama, mas, como sabemos, não existem duas crianças iguais. Trata-se de encontrar o que resulta para si e a sua família. Pessoalmente, sou a favor de tornar o ritual de ir para a cama apelativo, fazendo atividades com a criança que sejam do seu agrado, desde que não sejam, obviamente, muito energéticas/frenéticas, porque vão excitar a criança.
- Avise a criança com antecedência que chegou a hora de ir para a cama, dando-lhe tempo para se habituar à ideia (por aqui, avisamos a piolha cerca de quinze minutos antes que está quase na hora de ir fazer ó-ó, e voltamos a fazê-lo quando chegou a hora, afirmando: “Francisca, agora, vamos fazer chichi, lavar os dentes, e fazer ó-ó. Esta frase faz de tal forma parte da sua rotina, que ela, por si própria, já a diz com os pais).
- Tenha rituais que antecedem a hora de deitar (por cá, fazemos a higiene - vamos à sanita fazer chichi, lavamos os dentes, limpamos a cara e as mãos, mudamos a fralda, deitamo-la e damos-lhe a fralda ou o boneco com que ela quer dormir (por enquanto, ela ainda pede o chá – que foi muito útil quando quisemos que ela parasse de beber o biberão de leite da noite –, mas essa é uma parte do ritual que estamos a tentar abolir, já que temos o objectivo de largar as fraldas e porque, de uma forma geral, ela só quer o chá na cama, depois de ter lavado os dentes, o que, em termos de higiene oral, não é nada conveniente).
- Quando deitar a criança, despeça-se dela, utilizando, preferencialmente, a mesma frase/gestos (as crianças encontram conforto na repetição porque, como já avancei, permite-lhes prever o que sucede, aumentando a sua sensação de segurança – Mário Cordeiro, no livro "Dormir Tranquilo", refere que “Só se dorme ou adormece quando se está seguro”.
- Depois de se despedir, tente sair rapidamente do quarto, não prolongando, sem necessidade, as despedidas.
- Se a criança não quiser que saia do quarto, e começar a chorar, pode confortá-la. A Francisca, por exemplo, às vezes, precisa de segurar a mão da mãe ou do pai por uns minutos antes de adormecer. E, até tarde, não vou mentir, precisou de colo. Pessoalmente, não sou a favor de se deixar as crianças a chorar. É verdade que, muito provavelmente, com o tempo vão cansar-se (se não vomitarem, no entretanto), mas as crianças precisam sentir-se seguras, e parte integrante disso é saberem que podem contar com os pais, que eles estarão presentes quando elas precisarem deles.
- Evite responder aos seus chamamentos – antes de ir a correr consolar a criança, espere um pouco, veja se os chamamentos evoluem para o choro ou mesmo o grito (nesse caso, pode correr), ou se a criança consegue, sozinha e aos poucos, acalmar-se e adormecer. Por experiência própria, a tendência é que os seus chamamentos diminuam e acabem por cessar.
- Seja consistente e persistente – alterar, de forma sistemática, as rotinas deixa a criança a sentir-se confusa, e agitada, o que vai tornar o adormecer mais complicado.
- Se o seu filho fugir da cama (o que, segundo a minha mãe, era um comportamento que eu repetia com frequência), volte a colocá-lo na cama, de forma calma – não vale a pena gritar! se tiver um tom de voz assertivo (e não agressivo), a criança vai perceber a mensagem.
- Combine uma estratégia com o seu parceiro – se estiverem "em páginas diferentes", o mais provável é que a criança se aperceba, utilizando-o a seu favor.
- Faça uso de um objecto reconfortante para a criança, pode ser uma fralda, um peluche...
sexta-feira, 16 de março de 2012
Dicas para uma noite de sono descansada...
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OHHHH god mas é tudo isso que faço e mesmo assim ela berra e chora compulsivamente!! Abre os olhos e ali fica até nos levar à exaustão!!!
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